quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Medos

Muitos buscam por algo sem fazer ideia exatamente do que vão encontrar. Supervalorizam ou se apegam demais a tudo quando não vejo motivo algum a não ser por um grande orgulho, satisfação pessoal ou carência (falta de amor próprio). Tenho um exemplo que mostra bem o que eu disse nesse início e acho legal confessar: quando mais novo, sonhava em ser astrônomo quanto na verdade as portas da vida me abriram para as Ciências Contábeis.
Nada mal para quem leva a vida como um método de “partidas dobradas” (para todo um débito deverá haver um crédito) e os sentimentos como um “balanço patrimonial contábil” – mesmo sendo considerada a contabilidade uma ciência “social” e não “exata” – pois tudo na minha vida tem que fechar de forma lógica e racional. E nem sempre estou certo quanto a isso, pois sofro muito mais de forma “social” e “normal” do que “científica” quando encontro dificuldades na vida.
Antes soubesse, naquela época, que realmente não existe nada demais em tudo isso, ou mais ainda, soubesse que verdadeiramente não iria chegar a viver o que considerava um sonho, mas nem sempre temos aquilo que queremos.
A verdade é que: “desejos molhados” é uma coisa; e “necessidade de crescimento” é outra.
A velocidade me pegou de um jeito que eu não poderia prever. Junto a isso, o preparo também ficou longe do meu lado. Sem preparo, tudo fica ainda mais complexo. O que me impediria de construir um caminho suicida? Ou ainda mais, onde será que busquei a força necessária para conviver com tudo isso de forma a não me perder? Não sei, só sei que sei. Talvez a criação dada pela a minha mãe e a ausência do meu pai tenha sido fundamental e primordial para que o meu processo de amadurecimento tenha-se consumado através do profissionalismo precoce. O fato é que essa sedução e ganância por crescimento e maturidade precoce têm encontrando ao longo do tempo um escudo que eu não conseguia enxergar, mas que esteve sempre ali e que por ora eu venci e todo o impacto absorvido tenha gerado um efeito muito desagradável. Também sei que agora preciso vencer uma batalha épica interna com uma pessoa que amadureceu cedo demais dentro de mim e que pulou algumas etapas da ordem natural.
Acredito que praticamente todos os complexos humanos sejam causados pelo medo. O medo define muita coisa, prejudica imensamente qualquer ser humano. Hoje, por exemplo, nesse exato momento, tenho medo. Embora ninguém saiba, embora me vejam como uma pessoa segura, racional e centrada, o medo é algo presente em minha vida a todo instante. Lutar contra ele é como ou secar gelo na tentativa de dominar o mundo só com a racionalização. O medo não bate na porta, não avisa que está chegando e muito menos se retira quando solicitado. Enfrenta-se o medo com atitudes, arriscando e com o auto-conhecimento. E como todo processo, existe um marco zero, com a confissão do medo. Não tenho vergonha em tê-lo e dizê-lo, aliás, não compartilhar dele seria provavelmente prepotente e arrogante, tendo em vista tudo o que vem acontecendo em minha vida. Pleitear segurança e estabilidade emocional sem arriscar seria não apenas mentiroso, como covarde. E provavelmente o primeiro passo para a decepção.

Acho que esse texto seja apenas um desabafo solitário, uma forma de deixar claro para mim mesmo: não há relacionamento, dinheiro ou prazer suficiente para segurar minha estabilidade emocional. Pelo contrário, são esses os principais ingredientes para um desajuste, momentos perigosos e traiçoeiros quando não se há paz interior e inteligência emocional. Estou no início de tudo isso de forma mais clara e madura e somente agora percebo, mesmo que em menor escala, tudo que envolve o meu crescimento profissional e sentimental. E eu bem achava que seria fácil administrar tudo isso.
Do medo vem a angústia, a insegurança, o pânico do fracasso (algo que me acompanha ultimamente). Mas dentro do pacote também posso notar a vontade de provar pra mim mesmo de que sou capaz, embora, confesso novamente, algumas vezes chego a questionar de forma insegura essa capacidade através da baixa-estima. Um turbilhão de emoções, presente em qualquer indivíduo que tenha vivido uma vida de luta, muito trabalho e decepções amorosas, agora elevadas à milésima potência. Não posso dizer que tudo isso irá acabar, pois foi da boca de um ministrante que ouvi que não há ator e músico de verdade que não sinta nervosismo antes de entrar em cena, a não ser os arrogantes. Assumo meus medos, assumo minhas inseguranças e prometo pra mim mesmo que, seja qual for o desafio, jamais deixarei que esses sintomas controlem minha mente e corpo o suficiente para fazer com que eu não tenha a força para vencê-los.
A coragem e o compromisso hão de falar mais alto, sempre.


Marcus Vinicius

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Pão e Circo

Nessa política de pão e circo, raras vezes pudemos presenciar tanto circo. Nem mesmo com Getúlio e suas infinitas táticas minuciosas de distração popular através do futebol, fomos capazes de presenciar tamanha chafurdação do povo em ópio fantasioso. Que tipo de pessoa reclamaria de seu governo quando este traz para o país o Panamericano (os jogos, não o banco), a Copa do Mundo e, quem sabe, as Olimpíadas?
Contudo, uma realidade é clara: o Brasil não está preparado para sediar uma Copa do Mundo. Este fato é nitidamente comprovado por qualquer fã futebolístico acostumado a marcar presença nos estádios brasileiros. O motivo? A corrupção dos ingressos.
Se você acha que poderá assistir a sua seleção, ou a qualquer outra partida da Copa, pense novamente. Maiores são as chances de você conseguir tal proeza no sul da Indonésia do que em seu próprio país. A menos, é claro, que sejas dotado de um imenso potencial financeiro, capaz de pagar as fábulas exorbitantes cobradas pelos ingressos oficiais ou as mais fantasiosas cobradas pelos cambistas. A Copa não é para o povo brasileiro, povinho que se reunirá às portas dos estádios para assistir em telões, tomando sua Skol (3 “é” 5) e preparando o funk para a seqüência.

Ainda não se sabe ao certo como será o esquema adotado em 2014 para a venda dos ingressos, mas de uma coisa já sabemos: da porcentagem destinada aos brasileiros a preços populares (esta ridiculamente pequena), a esmagadora maioria será vendida diretamente aos cambistas, agências de turismo e estabelecimentos comerciais, que automaticamente converterão os valores para os milhares de reais ou sorteios (Guanabara que o diga). Você não verá a cor deste ingresso, nem eu, nem qualquer um de nós. A situação é vergonhosa, não há estrutura, não há organização. E nossa polícia, bem, ela de fato sabe como agir neste tipo de caso, descendo o sarrafo em inocentes e jogando spray de pimenta em mulheres e crianças.
Um exemplo claro do despreparo completo do país para um evento de grande porte foi a final daLibertadores 2008, entre Fluminense e LDU. A corrupção foi tanta que, em apenas 4 horas, todos os 68 mil ingressos já estavam esgotados. Para isso acontecer, teriam de vender 5 ingressos a cada 1 segundo. O detalhe é que não houve venda pela internet, somente nos guichês especializados (imaginem, 5 ingressos por segundo).



Além de todos os motivos que levam um cidadão inteligente a ser contra o evento, teremos ainda os gastos públicos focados na construção de estádios de última geração. Dinheiro este que será absurdamente super-faturado para encher mais ainda os bolsos dos safados corruptos, marca característica desta União.
Veremos, como vimos no Panamericano, o dinheiro escoando dos cofres públicos, aos bilhões, em obras depois esquecidas, ou até mesmo dadas! Vide a vergonhosa situação de entregar, completamente de graça, um estádio que custou 280 milhões de reais (do nosso dinheiro) para o Botafogo. Dinheiro esquecido, escoado pelo ralo para encher os olhos de uma população necessitada de entretenimento. Vide também os milhões gastos na arena multiuso e no parque aquático Maria Lenk, completamente abandonados às moscas.
Penso, ou melhor, desespero-me ao imaginar a quantidade de bons projetos que seriam viabilizados com tamanho orçamento público. Esse é o país em que vivemos, a vergonha de governo que temos.

Adolescência...

A rebeldia adolescente é uma verdade quase absoluta na história humana. Aquela maldita fase cheia de espinhas onde o objetivo principal é simplesmente passar “causando” o máximo possível. Justo por isso há uma incrível tendência de ignorar completamente os conselhos daqueles que, com certeza, sabem muito mais da vida que os próprios melequentos.

Tentar manter uma conversa inteligente com um adolescente é tarefa para verdadeiros guerreiros. Sei disso, pois, via nos olhos dos adultos na época o sofrimento que era para me doutrinar. A simples e única idéia do rapazinho estar falando com alguém que ele considera adulto já faz com que sua vontade de produzir sons caia drasticamente. A coisa toda vira praticamente um monólogo, com o adolescente numa expressão de “tromba”:
- Fala marquinhos, tudo bem, rapaz? E aí, como que você tá?
- Bem.
- Que bom… E o Fluminense hein, tá mal… Na terceira divisão hein?
- É.
- Tem acompanhado os jogos, torcendo?
- Uhum.
- E a mulherada, já tá namorando?
- (silêncio) – ele vira os olhos pra cima e ignora a pergunta. Esse é o momento em que você inventa uma desculpa e vai embora.

Acredito que, se fosse possível instalar um sistema de interpretação dos pensamentos desse rapaz supra citado, sairia algo como: “que coisa insuportável, será que as pessoas não percebem que eu sou diferente? Que eu sou especial? Eu tenho uma visão muito mais ampla, consigo compreender as coisas, detesto perder tempo com conversas idiotas”. O adolescente sempre se considera “mais” alguma coisa, quando a realidade o trata de forma muito mais dura.

Nessa fase, todos os conselhos são ignorados. Os pais deixam de ser o modelo a se seguir e passam a ser os obstáculos a se driblar. Aliás, todos os pais de adolescentes são insuportáveis e “os pais dos meus amigos são muito melhores que os meus”. Absolutamente todos os conselhos passam para a linha do “ai que insuportável”.
“Meu filho, não bebe na festa, você não precisa beber para se inserir”  Ai, que insuportável.
“Marquinhos, se você sentir que vai rolar alguma coisa com uma menina, não esquece da camisinha”  Ai, que insuportável.
“Você precisa passar o protetor solar”  Ai, que insuportável.
“Você não está usando drogas, né, meu filho?”  Ai, que insuportável.
“Marcus Vinicius, larga o computador um pouco, vem ficar com a família”  Ai, que insuportável.

Hoje em dia, chega a me assustar como o padrão de comportamento é quase o mesmo para todos os adolescentes quando o assunto em questão é a interação com adultos. Engraçado que eu achava isso nromal demais. Claro, muitos deles variam entre si, como “O Pegador”, “O Nerd, “A Piranha”, “A Santinha”, entre tantas outras variações, mas em resumo, quando se trata de gente mais velha, o comportamento é o mesmo. Aliás, já repararam que a variação entre si dos adolescentes é sempre com relação à quantidade de parceiros ou interessados do sexo oposto? Uma verdadeira guerra do beijo na boca, onde o status social depende inteiramente da forma como você lida com isso. Os rapazes sobem quanto mais mulheres “pegam” e as meninas sobem quanto mais homens “ficam interessados por ela”, lembrando que, se ela ceder para um número considerado “grande”, já passa para o status de piranha.

O tempo passa, é claro, e aquele adolescente rebelde, todo revoltado com o sistema, ora tímido e ora extrovertido que só usava preto, começa a perceber como os conselhos da mamãe eram sensatos. Percebem que a frase padrão do “eu nunca vou fazer com meus filhos o que vocês fazem comigo” não passava de rebeldia, pois agora tudo faz sentido. As experiências vão ensinando, a sabedoria dá seu “start” e a vida começa a ficar muito mais séria.

Marcus Vinicius

Eu quero o bom e velho rock de volta!



Se existe um assunto que me pertuba e muito é esse. Quem me conhece já me viu com comportamento revoltado e não contente com as coisas que me indagam inúmeras vezes, seja de forma xingando, resmugando e perguntando para Deus porque estamos vivendo a pior fase da história do rock nacional, quer dizer, o que fizemos para merecer eles como principais representantes do nosso rock?

Donos de um exército de fãs de 13 anos, que não sabem nada de música e se excitam ao ver meninos afeminados com roupas de mulher, Restart está sendo considerado o novo modelo de rock nacional por muitos meios de comunicação. O happy rock, acaba não sendo apenas a revolta dos emos que queriam ser felizes, também estão conseguindo acabar com a qualidade e a credibilidade do nosso bom rock n roll nacional, que já foi de altíssimo nível um dia.. e faz tempo... 

“No prêmio Multishow, após a autodemissão do diretor do canal, Guilherme Zonta, que declarou: tenho um carinho muito grande pelo Multishow”, afirmou o ex-diretor. “Foi uma casa onde aprendi muito e também ajudei a construir ao longo dos anos. No entanto, já faz algumas edições que o prêmio virou um grande canteiro de gente ruim, artistas fracos, sem personalidade e apenas com apelo comercial" (salva de palmas )

Para ele, artistas como Nxzero, Cine, e até mesmo o Restart não merecem estar todos os anos entre os indicados. Um dos componentes do restar declarou "Somos a salvação do rock! Não sei o porquê de tanta má vontade com a gente! Somos os Beatles do ano 2000! Além de sermos um bando de jovens com fãs histéricas também temos 300.000 seguidores no Twitter!"

Para tudo. Eu sinto a sua indignação, que gosta tanto de rock, juro! 

As fãs histéricas do Restart atacaram de novo, e foi no VMB 2010.

Restart levou cinco prêmios na noite e o prêmio mais desejado de ARTISTA DO ANO, obviamente sobre fortes vaias da platéia, que continha pessoas obviamente com mais de 13 anos e que já tiveram sua primeira menstruação.

Como cresci ouvindo bandas nacionais de altíssimo nível como Raimundos, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Cazuza, Titãs, Charlie Brown Jr., Irá !, Raul Seixas, Skank,Mamonas, Planet Hemp, Capital Inicial etc.. Não consigo aceitar de jeito nenhum que toda história que eles construíram seja apagada pela sombra rosa desse rockzinho podre que está ai. E não começou com eles essa história de apelar para adolescentes histéricas para conseguir vender CD's e músicas totalmente sem conteúdo, vejo Nx Zero e Fresno como o começo dessa moda idiota, bandas que se vendem para conseguir fama me dão um nojo que sinto vontade de vomitar neles..

Não vamos ser idiotas, vocês realmente acham que eles gostam do que tocam? Tem um puta produtor que os moldam para se tornarem melhor vendáveis para um público potencial, adolescentes carentes de afeto. E eles se vendem pelo dinheiro e fama que isso trará obviamente.

Não vamos ser idiotas [2], de acreditar que não existam novas bandas ótimas por ai que tocam um rock de alto de nível, com grande conteúdo e que representem bagarai a gente. O grande problema é a máfia que está por trás da indústria musical e das rádios, é tudo questão de influência e dinheiro. O bom não é mostrado por ser bom, na real o que ocorre é o que tem maior potencial de venda e de dinheiro para trazer que é contratado e divulgado.

Não vamos deixar nosso rock na mão de crianças que não sabem nada! Tomem atitude, não é só você que tá de saco cheio desses caras encobrindo grandes músicos que já existem e que estão por vir.




domingo, 26 de setembro de 2010

Arrependimento

Já fiz muitas coisas que hoje categorizo na lista das imbecilidades durante a vida. Mas o que seria dos acertos sem os erros? Qual seria nosso parâmetro para o comportamento ideal e a harmonia, sem o contrapeso do que nos faz mal? É preciso conhecer a fera para poder enfrentá-la. Contudo, no meio de uma vida onde erramos e acertamos, onde deve ficar encaixado oarrependimento?
Há um fato fundamental a ser colocado em cima da mesa antes que possamos julgar atitudes: o ser humano está quase sempre lutando para o seu próprio bem-estar. Isso significa que mesmo uma ação posteriormente julgada como estúpida provavelmente fora realizada com objetivos claros de conseguir alguma coisa. A frustração, contudo, é um dos grandes catalizadores para o arrependimento. Quando não conseguimos aquilo que gostaríamos e, por consequência, ainda temos um prejuízo por conta do ato, a primeira afirmação que chega aos nossos pensamentos é:“como me arrependo de ter feito isso”, ou, mais comum: “se eu pudesse voltar no tempo…”.
Sim, existem atos verdadeiramente estúpidos. Contudo, há também uma linha mais tênue entre o arrependimento sincero e o covarde. Observo, com uma constância maior do que gostaria, pessoas que colocam a culpa de tudo em suas próprias decisões do passado. “Ah, se eu não tivesse largado a faculdade”, “ah, se eu tivesse seguido o conselho de meu pai”“ah, se eu não tivesse saltado do quarto andar pensando que era o Super-Homem e ficado paralítico” – Ok, a última de fato eu consigo enxergar como arrependimento sincero, mas as demais não passam de bobagens atiradas por covardes. E mesmo o paralítico deve ter plena consciência de sua capacidade.
Não há ação que não gere reação. Nossos atos, sendo ou não estúpidos, tendem a nos devolver consequências positivas e negativas. O cidadão que decide cheirar uma carreira de cocaína sem dúvida viverá momentos de êxtase, mas não preciso comentar sobre os efeitos negativos que podem acompanhá-lo. Nossas bifurcações existenciais são, muitas vezes, como a carreira de cocaína posta em nossa frente, devemos decidir, num misto da personalidade que temos baseada nas influências que nos cercam, muitas vezes em pouquíssimo tempo. E é aí que muitos outros fatores começam a pesar de forma considerável.  As consequências, podem ser tão maravilhosas quanto trágicas. O que não podemos nunca esquecer, contudo, é de todas as experiências que aquele momento nos proporciona.
O arrependimento bate nesses momentos. Nosso cérebro, na tentativa de tentar se defender da dor, imagina as possibilidades do “se”“Se eu não tivesse me entregue ao amante”, “se eu não tivesse comprado”“se eu tivesse terminado mais cedo”. Não, a vida não é baseada nos “se’s” a menos que saia da mente de Einstein em teorias só postas em práticas nos seriados de J.J. Abrams. Nossa existência é feita de momentos, sensações, sejam prazeres ou dores. Arrepender-se de algo é automaticamente desejar que sua vida inteira pudesse ser alterada, pois não há ato, por menor que seja, que não tenha completa e total ligação com o que você é hoje.
Por muitas vezes desejei a habilidade de voltar no tempo para poder consertar um erro do passado. Ledo engano. Hoje posso enxergar com clareza, que seja nos erros ou nos acertos, nós sempre temos algo positivo a receber de qualquer consequência. Aprender, tornar a errar, acertar, acertar em excesso e descobrir um erro, todas as nossas ações moldam nosso comportamento, personalidade, caráter, podendo nos levar para profundas depressões ou entusiasmados estados de alegria. O grande ponto central daqueles que perdem seu entusiasmo, contudo, mora na perda de alguma referência.
Enxergar-se como um fracassado é a formula ideal para que você realmente venha a ser um fracassado, pois não existe um único homem vivo que possa ser considerado como tal. O fracasso é o resultado da frustração, mas não há mal irremediável o suficiente que o ser humano não tenha forças para vencer, ou pelo menos não àqueles que ainda possam se mover e pensar. Seja um jovem de dezoito anos que se vê numa situação desesperadora, ou um senhor de sessenta que acaba de decretar falência, sempre há um jeito de recomeçar.
Cada segundo lamentando pode representar um ano perdido. Dores existem, lidemos com elas, mas sigamos em frente, sem medo de cair de novo. Nosso potencial está na determinação e não no pesar.

Onde estão os nossos jovens?

Nossos adolescentes estão calados. Amordaçados dentro de uma realidade jamais vista. Controlados pelo que a tecnologia vende como libertação. Perdemos as vozes dos meninos e meninas, insuportáveis como só eles conseguiam ser. Deram lugar a uma massa compacta de desmiolados inertes, pedaços de poeira velha varridos de um lado para o outro sem reação.
O que fizeram com a rebeldia adolescente? Aquela que criava verdadeiros monstrinhos completamente impossíveis de lidar. Onde foi parar a voz esganiçada dos que se proclamavam sempre com razão? Dos que podiam ter todos os defeitos, mas lutavam com unhas e dentes por suas crenças. Aqueles que não se deixavam passar por cima, que não admitiam a derrota, que explodiam sem razão mas partiam pra cima do que consideravam errado. Onde foram parar? Como uma maioria virou minoria?
Está difícil enxergar futuro na adolescência que observo hoje, cada vez mais dominada, cada vez mais apática, acatando ordens insanas como se justas fossem, ouvindo músicas melosas que apenas falam sobre amores não correspondidos. Porra! Cadê o som das batidas que despertavam os olhares sangrentos contra tudo e todos? O adolescente precisa de suairracionalidade, de seus saltos perdidos rumo a paredes sólidas onde estatelam as fuças contra o concreto, de que outra forma podem amadurecer se não errando?
A adolescência precisa de sua rebeldia insana, necessita de uma interação social que leve ao “ignorar de conselhos”, das más influências. É um processo longo de aprendizado, principalmente de vida, do tipo que nos faz olhar para trás e dar gargalhada das loucuras cometidas, mas com a consciência de que foi espetacular. Vejo hoje adolescentes aceitando seus pais como legítimosdonos, baixando a cabeça para absurdos impostos. Não há revolta, não há interesse em xingar.
Os que hoje ouvem McFly, antes ouviam os berros enlouquecidos de Chester Bennington eSerj Tankian. Inspiravam-se em ir contra o sistema, mesmo sem saber o que isso significava. Observamos cada vez mais uma geração do “sim, senhor”, ao invés do “vai se fuder, você não sabe de nada”. O que já gerou movimentos como o Punk, hoje gera apenas movimentos como o Emo. O que antes eram berros e discussões pessoais, hoje transformou-se em papinhos de Messenger. O comodismo impera.
O que fizeram com a rebeldia adolescente? Queremos aqueles insuportáveis de volta. Quebrem tudo, lutem pelo que acreditam, levantem essas merdas dessas orelhas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Porque os amores se perdem?


O mais difícil de entender quando os amores acabam, são os porquês. Porque duas pessoas que se encontraram e se encantaram, viveram um amor que parecia indestrutível, se separam?
Por quê o amor geralmente acaba de um lado só e é o outro que fica chorando e querendo entender as razões? Costumo comparar casais a chave e fechadura. Nem toda chave abre todas as portas e é necessário encontrar aquela exata que vai se encaixar perfeitamente e tudo será possível.
Amores deveriam ser eternos, mas nem sempre são.
Mas a gente acredita que cada vez que alguém toca nosso coração e entra, que é definitivo. Um casal que se apaixona de início, sem que um tenha tido o tempo de desnudar o outro nas suas verdades, acredita nessa chama e até briga por ela muitas vezes.
E cria-se sonhos, planeja-se o futuro… Enquanto isso os dias vão passando, toma-se menos cuidado em manter a magia e a parte dos dois que é mais sonhadora começa a sentir-se incomodada. Dá medo. Medo de ter que olhar bem nos olhos da realidade e dizer: acabou!
Medo de ter que se confessar a si próprio que ainda não foi aquela vez! Medo da solidão, de ter que recomeçar… Não são as decepções que matam o amor. Se assim fosse, não existiriam perdões e reconciliações. O que mata o amor é simplesmente a tomada de consciência de que o outro não é o ser sonhado. É como acordar depois de um longo sono e lindos sonhos. O outro está ali, é a mesma pessoa, mas aquela neblina que dava a impressão de irrealidade já não mais existe. E isso não acontece da noite para o dia, como se costuma pensar.
É algo que vem com os dias, os hábitos, as monotonias. Um percebe, o outro não. Um começa a se sentir angustiado e o outro continua acreditando ou finge que acredita. E quando a gota que faz transbordar o vaso chega é o mundo todo que desmorona. Porém, tudo não fica definitivamente perdido. Sobra de um lado a dor, e os porquês, um resto de amor que teima em ficar no fundo como o vinho envelhecido na garrafa e do outro o coração dividido por não poder reparar erros cometidos e a vontade de continuar em busca de outros horizontes. Sobra para os dois a ternura e a lembrança dos momentos passados juntos.
Por que corta-se relacionamentos, mas não se apaga momentos, mesmo que a gente queira. Vivido é vivido, feliz ou infelizmente. Inútil é querer resgatar um amor que resolveu partir pra outras direções. Quanto mais apega-se, mais ele se afasta. E quanto mais se afasta, mais dói no outro a incompreensão. É uma roda da qual é difícil de sair. E é uma pena, pois os corações não merecem isso.
Quando a questão é amor, não existe justo ou injusto. Existe o que ama, e o que não ama mais. Precisamos aceitar que o outro não tenha os mesmos sentimentos, mesmo se isso nos faz mal, por que se o amor não for livre para se instalar onde realmente deseja, ele perde toda a razão de ser.

sábado, 4 de setembro de 2010

Vai entender.

Você deu flores que ela(e) deixou a seco.
Você levou para conhecer a sua mãe e ela foi de blusa transparente.
Você gosta de rock e ela de chorinho.
Você gosta de praia e ela tem alergia a sol.
Você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo. Nem no ódio vocês combinam.
Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca sua nuca, você derrete feito manteiga.
Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas.
Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim.
Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes de Woody Allen, dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.
Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem um amor?
Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = 2 apaixonados. Até hoje eu acho que os relacionamentos são um Balanço Patrimonial Contábil
Não funciona assim. Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem.
Caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Costuma ser despertado mais pelas flechas do cupido do que por uma ficha limpa.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano (o amor é lindo…). Isso são só referências.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC.
Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família tá assim ó.
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é.

Dia dos Namorados

Texto adaptado a um bom tempo. Decidi posta-los.
Dia dos namorados chegando. Haverá muitas flores, perfumes, presentes, jantares à luz de velas, abraços, expectativas.
- O que será que ele me reserva, neste dia? Será que ela me surpreenderá de alguma forma especial?
Sim, embora esse apressar das coisas que vivemos no mundo, de muitos ficares, de conquistas apressadas e descomprometimentos, o amor continua na moda. E basta se anunciar o Dia dos Namorados para que o coração bata diferente.
- O que será, desta vez? Ano passado, a gente nem estava junto e ele lembrou de me dar um presente. E este ano, como será?
- O que eu poderia fazer, desta vez, para ser diferente? Já dei flores, já enviei cartão, já comprei perfume. Preciso pensar…
A origem do Dia dos namorados remonta ao século III da nossa era.
Conta-se que, durante o governo do Imperador Cláudio II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército.
Cláudio acreditava que se os jovens não tivessem família, se alistariam com maior facilidade.
Apesar disso, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do Imperador. Seu nome era Valentim e as cerimônias eram realizadas em segredo.
A prática foi descoberta, Valentim foi preso e condenado à morte.
Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que eles ainda acreditavam no amor.
Entre as pessoas que deram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Assíria, filha do carcereiro.
Com a permissão do pai ela visitou Valentim na prisão. Os dois acabaram se apaixonando.
O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: De seu Valentim, expressão que passou a significar De seu amor, De seu apaixonado.
Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro de 270 d.C.
A partir de então, o dia de São Valentim, 14 de fevereiro, passou a ser tido como o Dia dos namorados.
De toda forma, o mais importante é a manifestação do amor. É ter um dia, para aqueles de nós que andamos esquecidos de como é importante demonstrar que se ama.
Um dia para aqueles que adoram demonstrar que amam. Um dia para todos os casais namorados, noivos, casados.
Um dia especial para lembrar de como é bom amar. Como é bom ter alguém ao seu lado para dar e receber carinho.
E nesse dia é bom recordar os tempos felizes de um início de namoro, de casamento.
E, se houverem rusgas, que sejam desfeitas, com um abraço, um beijo, flores e ternura.
Porque, afinal é maravilhoso ter alguém para amar.
* * *
Adaptado do Momento Espírita

O Amor começa por você!

Amar alguém profundamente requer muita coragem. A coragem de amar e de partilhar momentos é a coragem de se desnudar não só fisica mas emocionalmente.
Quando duas pessoas estão nuas, pele contra pele, vivenciam uma intimidade e uma vulnerabilidade únicas. Quando os dois têm coragem de se desnudar emocionalmente, tocando a alma um do outro, tiram as roupas, despem-se juntos em todos os sentidos.
Não há maior equívoco do que imaginar que o amor é uma força exterior que se abate magicamente sobre nós e nos enche de paixão e ardor.
No início, quando a gente se apaixona, tem de fato essa impressão. O coração se abre repentinamente para alguém que derrama nele toda espécie de emoções deliciosas… Por um tempo, o relacionamento se alimenta desse “barato” inicial.
Com o tempo, porém, o amor perde essa força e você fica esperando que a pessoa amada faça alguma coisa para que os dois se unam mais e mais. Esperar que ele a preencha com muito amor é um erro. Você precisa aprender a se apaixonar por ele uma vez após a outra, sem cessar.
O amor sempre começa com você. É uma escolha que faz, a cada momento, de olhar para aquilo que é digno de amor nele. Quando fica esperando que ele diga algo para reacender a chama do amor, está apenas preparando o terreno para desapontamentos. Não cabe a ele ser digno de carinho. Cabe a você ser carinhosa com ele – conhecer seus desejos e tentar satisfazê-los, dar-lhe atenção, afeto e admiração e deixar que ele perceba, por meio de atitudes, de consideração e de palavras, que o valoriza.
Esse tipo de desapego exige muitos momentos de “nudez”, nos quais você deixa seu ego para trás e se move em direção ao universo, à mente e ao coração de seu homem. Você o sente por inteiro, de dentro para fora, e pergunta a si mesma de que ele precisa. Chamo essa prática de opção pelo amor. Como qualquer outra coisa, o amor precisa de equilíbrio. Você tem de preencher suas necessidades e certificar-se de que uma paixão nunca vai comprometer sua integridade.
Quando os dois param de esperar pela iniciativa um do outro, quando decidem tomar a dianteira, o relacionamento flui e cresce. É assim que deveria ser a dança do amor.
(do livro Real Moments For Lovers, Barbara de Angelis)

45 Lições para a Vida.

Para celebrar o envelhecer, Regina Brett, que completou 90 anos e mora em Cleaveland, Ohio, uma vez escreveu 45 lições que a vida ensinou para ela. É a coluna mais requisitada que ela já escreveu. Ei-la:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3 A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele aguenta.
9. Poupe para aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem se teus filhos te virem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeirozo.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite não como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante, depois deixe-se levar pela maré…
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.
26. Encare cada “chamado” desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Indepedentemente se a situação é boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão à sério. Ninguém mais leva…
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Deus é, não pelo o que você fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que a alternativa – morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa no final é quem você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como você se sinta, levante, vista-se e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente.